Marinês siqueira

Recordando o tempo antigo

Marinês siqueira
Peço licença pra cantar um xote antigo
Que ainda trago comigo na garupa dos pessuelos
Mando um abraço pra campanha e pra cidade
E junto vai a saudade e o meu canto por sinuelo

Me agrada um xote compassado e bem tocado
Pra dançar afigurado nos bailes do meu rincão
Um xote bueno destes de parar rodeio
Com floreios pelo meio pra alegrar o coração

Rio Grande velho do amargo e do churrasco
Dos fletes batendo cascos cortando léguas de chão
Minha querência das campinas orvalhadas
Que eu trago emoldurada num quadro no coração

Rio Grande velho do amargo e do churrasco
Dos fletes batendo cascos cortando léguas de chão
Minha querência das campinas orvalhadas
Que eu trago emoldurada num quadro no coração

É coisa linda uma cordeona missioneira
Numa bailanta campeira onde se encontram amigos
Ver a alegria da peonada sapateando
E o Rio Grande vai guapeando no velho sistema antigo

Gosto do xote com jeito de antigamente
Destes que mexem c'o a gente revivendo uma saudade
Um xote velho que tenha cheiro de terra
Orgulho de pampa e serra, campeiro barbaridade

Rio Grande velho do amargo e do churrasco
Dos fletes batendo cascos cortando léguas de chão
Minha querência das campinas orvalhadas
Que eu trago emoldurada num quadro no coração

Rio Grande velho do amargo e do churrasco
Dos fletes batendo cascos cortando léguas de chão
Minha querência das campinas orvalhadas
Que eu trago emoldurada num quadro no coração

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