Amas de leite
Mário sempre samba
A Vila vem festejar na passarela
Ama de leite, mulher, é ela
Voltou o brilho no olhar, comunidade
Olha quem chegou, a Mocidade!
Ama de leite, mulher, é ela
Voltou o brilho no olhar, comunidade
Olha quem chegou, a Mocidade!
Quando ainda pequeno
Mamãe me abraçou com amor
Doce colostro, bem quente, mais quente
Que aquele que sinhá negou
No afago do abraço
Cantigas pro filho branco
Traz proteção e acalanto
Me embalaê Iaiá
Gira na gira, baiana guerreira
Feiticeira, benzedeira
Quero estar debaixo da saia da nêga
Tem galho de Arruda e Guiné, Mãe Preta
Hoje, nessa avenida tem banquete ôôôô
Minhama de Leite foi quem preparou
E pode apimentar, meu samba
Inspiração de artistas
Poetas, pintores, sambistas
Mãe Preta, monumento do meu carnaval
Eu trago a fé e o axé das senzalas
Do cativeiro, donde brotou o amor
Negras escravas do próprio destino
Inspiram o poeta e exaltam o divino
Vem cá ioiô
Tem festa lá na casa do Sinhô
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