Marlene

Tome polca

Marlene
Um sarau
Na rua Itapirú
Em casa das Novaes
O calor está abrasador
E tem gente demais
Mas tome polca

Num sofá
A dona Jacintinha
Faz bola de papel
E na janela de papelotes
A Berenice namorisca
Um curriel

À reclamar silêncio
Surge o seu Fulgêncio
Um de bom comendador
Sim, porque nesta altura
Chega o padre cura
Com o corregedor

Entra o Souza
Que vem pisando em ovos
Com as botas de verniz
Enquanto a esposa
De olhos em alvo
Fica torcendo
Os cabelinhos do nariz

Por traz de uma cortina
Vê-se a Minervina
Que é mais preta
Que um tição
E diz entre risadas
Quebra dona Alice
Quebra seu Beltrão

Atenção acordes na Dalila
Seu Gil vai recitar
Formam roda
E o moço encalistrado
Começa a gaguejar

Tem um chá
Bolinhos de polvilho
E outros triviais
São onze oras
Apague o gás
E assim termina
O bailarico das Novaes
E tome polca

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