Marsa

Serpente

Marsa
Serei navalha e tu serpente
Serei serpente e tu navalha
Pra me cortar
A carne, o fruto do ciúme

Abre a cortina dos teus desejos
Feche seus medos, abre a retina
Deixe eu te olhar

Tu tens o sol e voas devagar
Eu tenho o breu da noite como par
Me sinto chuva enchendo o alguidar
E espalho nuvens em teu calcanhar

Plumas ardentes, na tempestade
Brotam sementes, eternidade
A dissipar

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