Matias e os veteranos

Sangue de hornero

Matias e os veteranos
Um dia desses me trouxeram um potro baio
Lá da fazenda, rincão do maçambara
Tinha uma fama de veiáco e caborteiro
Sangue de hornero que ninguém pôde amansar.
Larguei o maula lá pra dentro da manguera
Flor de primeira, crioulo de lombo curto
Deixa que berre e que escarve a noite inteira
De manhanzita vou lidar com este beiçudo.

O que me agrada é ver um pingo escramuçando
E concoviando tentando me botar medo
Eu não te afroxo nem que vá lançante abaixo
Pra um domador a paciência é o maior segredo.

Clareou o dia, me bandiei lá pra manguera
E uma ovelhera me acompanha do meu lado
Se ele tem fama de veiáco e caborteiro
De domador eu também sou afamado

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