Viajante
Mauro da nóbregaHá tantas portas abertas no mundo
Tantas encruzilhadas na estrada da vida
Há tantos amores que não aconteceram
Há tantas feridas pra cicatrizar
Há tantos riachos que já secaram
De tanto correr para o mar
Há muitos corações feridos
Por não conseguirem amar
Muitos cansaram ao longo do caminho
Não agüentaram o peso da cruz
Não suportaram o minguar da luz
Que brilhava no fim do túnel
E de repente quase apagou
Mas extasiante ainda brilha
Nos olhos das pessoas de bem
E nos corações apaixonados
Há sonhos que se perderam
No silêncio das madrugadas
Há sonhos que se realizaram
Na simplicidade das coisas
Em gestos pujantes de carinho
Em sorrisos sinceros e abertos
Nas palavras dos sábios profetas
Que ditaram as regras do jogo
Mas o caminho segue aberto
E eu sou viajante certeiro
Correndo contra os contratempos
Sem saber ao certo o meu paradeiro
Pois a estrada é longa demais
Cheia de curvas e ladeiras
Mas a força que brota em mim
Supera todas as barreiras
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