Baldas de campo
Mauro moraes
Um colorado,
delgado e "costeadão"
se "arrasto" frente ao galpão
quando sentei o baixeiro...
Que mal costume
pra um cavalo quase feito
pois não se perde o respeito
diante de um índio campeiro.
Por vaqueano
apertei as barrigueiras
cabresteei reto a porteira
pra "muntá" em campo aberto...
Porque um fronteiro
quase sempre se garante
com a "semaria" por diante
e os quero-quero por perto.
"Muntei" ligeiro
pra "firmá" a gauchada
e larguei marcha troteada
estendendo o meu bagual...
delgado e "costeadão"
se "arrasto" frente ao galpão
quando sentei o baixeiro...
Que mal costume
pra um cavalo quase feito
pois não se perde o respeito
diante de um índio campeiro.
Por vaqueano
apertei as barrigueiras
cabresteei reto a porteira
pra "muntá" em campo aberto...
Porque um fronteiro
quase sempre se garante
com a "semaria" por diante
e os quero-quero por perto.
"Muntei" ligeiro
pra "firmá" a gauchada
e larguei marcha troteada
estendendo o meu bagual...
Que mala surte
um avestruz aninhado
me "saltô" todo assombrado
do meio do macegal.
Uma "negadita"
quase me "saca" dos bastos
tiniu nas franjas do pasto
a roseta das chilenas...
A mão certeira
campeia a aba do paysandú
a vida pra um índio cru
por vezes fica pequena.
São coisas simples
do dia a dia da lida
baldas de campo pra vida
que ajeito com muito "gusto"...
Pois um campeiro
que tem a doma por luxo
ão larga o jeito gaúcho
pelo motivo de um susto.
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