Mandando lenha
Mauro moraes
Olha aqui seu moço
Faz tempo que eu torço
Pra não chover
Remendando o cabresto
Eu faço meu tempo
E tento viver
O charque que eu tinha
Atado no arame
Pra ressecar
Se empapou de porqueira
Co´a lã das ovelhas
Que tavam por lá
A égua bragada
Tem cisma d´água
Até pra beber
E a terneirada guacha
Em vez de apojar as vacas
Berra até encher
O gado se atola
Tudo me amola
O troço é peleia
Eu só acredito em doma
Com o freio na boca
De quem não corcoveia
Faz tempo que eu torço
Pra não chover
Remendando o cabresto
Eu faço meu tempo
E tento viver
O charque que eu tinha
Atado no arame
Pra ressecar
Se empapou de porqueira
Co´a lã das ovelhas
Que tavam por lá
A égua bragada
Tem cisma d´água
Até pra beber
E a terneirada guacha
Em vez de apojar as vacas
Berra até encher
O gado se atola
Tudo me amola
O troço é peleia
Eu só acredito em doma
Com o freio na boca
De quem não corcoveia
Não fosse a cuscada
Esculhambando no galpão
Eu enchia a barriga
De rapadura e chimarrão
Volteando uma canga
Trançando um par de rédeas
Consertando um buçal
Entalhando um canzil
O coração mata a pau!
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