Numa volteada campeira
Mauro moraes
La pucha que a lida é buena
Na volta de uma pegada
Saio pra o campo disposto
Ao recorrer invernada
O laço atado nos tentos
No costado a cachorrada
Na volta de uma pegada
Saio pra o campo disposto
Ao recorrer invernada
O laço atado nos tentos
No costado a cachorrada
A zebua preta pariu
Um brasino na macega
Vaca de primeira cria
Pronta pra uma refrega
Atropela o ovelheiro
Leva um laçaço e se nega
Assim no más vou montado
Na minha flor de colorada
Mas um índio aprevenido
Ressabiado de rodada
Não mete mal o cavalo
Por maturrengo ou gauchada
Xirú, coleira, tupamaro
Olha a volta, olha a cruzeira
Vão costeando esta zebua
Que anda aluada e matreira
Se aporreando mato adentro
Com a cachorrada grongueira
Não tô pra me incomodar
Hoje eu saí despachado
Ter que meter um sobre-lombo
Daqueles bem destapado
De rebolquear o fervido
Na tronqueira do alambrado
Enquanto curo terneiro
Fico comigo pensando
Seria o que de um campeiro
Que vive assim trabalhando
Sem cachorro bom de ouvido
Que late e chega pegando!
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