Quando descanso da lida
Mauro moraes
Quando descanso da lida
Meus sonhos eu cabresteio
E escuto as notas de anseio
No canto que o vento entoa
(O baio que me carrega
Nem sei por onde se mete
Por vezes me leva ao brete
Por outras meu flete voa)
Meus sonhos eu cabresteio
E escuto as notas de anseio
No canto que o vento entoa
(O baio que me carrega
Nem sei por onde se mete
Por vezes me leva ao brete
Por outras meu flete voa)
(Quando descanso da lida
Percorro o ego em segundo
Nos campos de um outro mundo
Que desconhece aramados
E os cascos da fantasia
Pisoteiam ventanias
Num galopear sem destino
Desses meus fletes alados)
Galope chama galope
Os fletes pedem mais fletes
E a penca fora do brete
Nos ares já se dispersa
(Voando sobre as estrofes
Limites não me conhece
O mundo é vasto e mais cresce
Nas sesmarias do verso)
A rédea longe dos dedos
Nesse entrevero de medos
Me trás entonos segredos
Teu nome bombeando os ventos
(A mão se perde em lembranças
O coração atropela
E o poema então dispara
Sem respeitar as cancelas)
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