Sujo de sangue (part. tuninho ledo)
Max barreto
Ele chegou devagar, quando era escuro
Calou seu pisar, e não fez barulho
Pela porta dos fundos, e no meu lado
Num sono profundo, se pôs a dormir
Calou seu pisar, e não fez barulho
Pela porta dos fundos, e no meu lado
Num sono profundo, se pôs a dormir
Logo entrou nos meus sonhos, me pediu desculpas
E disse sem jeito, que não teve culpa
Mas tinha o direito, de quere tentar
De morrer de lutar, pela causa justa
Foi quando dei com seu rosto, sujo de sangue
Uma dor em meu peito, tão sufocante
O seu corpo surrado, então beijei
Quando interrompe o instante, minha agonia
Um sorriso em seus lábios, de alegria
Sua voz tão suave, não escutei
Não foi de fome, nem foi de sede
Preso nas malhas, fundo da rede
Foi acusado, de fazer mal
Querer a morte, pelo ideal
Não era sonho, nem ilusão
Meu homem forte, dou-te o perdão
Amou o mundo, mas foi ao chão
Deixou comigo, seu coração
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