Mc mp

A poesia vive

Mc mp
Problemas externos vivo
Sobre inferno piso
Friso o berro, erro, mas não encerro o riso
É disso que eu preciso
Eu cerro os dentes, fecho a cara e piso forte
Sempre viso o norte
Rio até da morte

Manga largas cansam
Enquanto o pangarés avançam precisos no trote
Cobras dão o bote
Obras sobre lotes, sobras sobre potes
Tu é fraco ou forte, essa escolha vai além do dote
Olha em volta e note
A vida é passaporte pra algo maior
Onde as chances dos africanos entrarem

É maior que a dos americanos sonharem
Seus planos de exploração sem dó
O corpo é pó, a alma é eterna
Dinheiro é só peso pras pernas
Vem das cavernas onde poucos habitaram
Ondes muitos questionaram
Onde loucos meditaram
Fiz valer a pena o peso que fiz na terra
O sangue que ainda pulsa, bussola contra a guerra
Vi que a vida é guerra
Com poucas verdades francas

E ganha o lado que levanta a primeira bandeira branca
Se a guerra é santa por motivos estúpidos
Eu percebi que a santidade não se encontra em púlpitos
São poucos lucitos e muitos súditos
Um sistema que
A vaidade transforma santos em corruptos
Fugi, cansei de procurar Deus a esmos
Encontrei Deus e o refugio que eu queria em mim mesmo
Sem torresmo, cachaça, churrasco
O prazer eterno real não se encontra em frasco
A vida é louca nego, e louco é que vive a vida

A eternidade já começou e o caminho é só de ida
E na batida do seu coração
Em meios as interrogações, paixões, lições, canções
Que surge as razões
Entre as decisões está o uso ou a abstinência ao ópio
Quem é você, que quer saber de tudo,
Conhecer o mundo, sem ter dado um passo pra dentro de si próprio?

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!