Sempre nasce vermelho

Toda vez que eu acordo lavo o rosto já sabendo
Que é mais um dia estafante intediante de agosto
Pelo menos uma vez queria saber fugir

Todo dia o sol persegue a lua mas não há contato
Como eu e você que já cansamos de medir os passos
Eu já não agüento tanta história sem ter onde chegar

A vida é assim mesmo
Ninguém se encontra a tempo
Às custas de quem sabe amar
Por medo ou preconceito
De quem pede respeito
Sem hora não vai mais chegar

Toda a corda no pescoço tem um cheiro amargo
De quem sabe que viver é uma luta apenas para atrasar
A morte ou talvez o doce sonho de permanecer feliz

Toda corda bamba no pé mostra como a gente é frágil
Levantar as mãos pro céu e então pedir é bem mais fácil
Todo mundo sabe a verdade que não quer encontrar