Pra quem tem medo
Menino prodígioMas a vontade de cantar me obrigou.
E bolhas nos meus pés vêm me torturar,
Mas não paro de correr pelo corredor.
Minha mente quer ver meu corpo sangrar,
Porque eu procuro sempre portas pra botar no chão,
Dizendo quem é o dono de quem,
Dizendo nada vai me dar razão
Pra ter medo.
Sim, eu tenho medo,
Mas o medo não me tem...
Se é pra ser feliz, até que um susto me cai bem.
Tem sempre alguém que me aponta o dedo,
Que me cospe o rosto e tenta me parar,
Mas nada me paga o prazer de dizer que
Eu não vou me entregar.
Pode até sujar o meu nome –
Vem me ver, que eu estou aqui,
Pode até dizer que eu não sirvo –
Vem me ver, que eu estou aqui,
Pode até cortar o meu rosto –
Vem me ver, que eu estou aqui,
Pode até matar o meu corpo –
Vem me ver que ainda estou aqui!
Hoje eu já estou sem voz,
Mas a vontade de cantar me obrigou.
E bolhas nos meus pés vêm me torturar,
Mas não paro de correr pelo corredor.
Minha mente quer ver meu corpo sangrar,
Porque eu procuro sempre portas pra botar no chão,
Dizendo quem é o dono de quem,
Dizendo nada vai me dar razão
Pra ter medo.
Sim, eu tenho medo,
Mas o medo não me tem...
Se é pra ser feliz, até que um susto me cai bem.
Tem sempre alguém que me aponta o dedo,
Que me cospe o rosto e tenta me parar,
Mas nada me paga o prazer de dizer que
Eu não vou me entregar.
Pode até sujar o meu nome –
Vem me ver, que eu estou aqui,
Pode até dizer que eu não sirvo –
Vem me ver, que eu estou aqui,
Pode até cortar o meu rosto –
Vem me ver, que eu estou aqui,
Pode até matar o meu corpo –
Vem me ver que ainda estou aqui!
Nenhuma armadilha vai confundir meu caminho,
Nos pés eu levo as marcas de quem seguiu sozinho,
E o medo é um prato que eu como com gosto,
É o verme que eu esmago e ainda digo –
Eu continuo vivo!
Sim, eu tenho medo,
Mas o medo não me tem...
Eu não vou me entregar!