Abrindo o mercado
Mercado negroMóvel velho... Cobertor velho...
Olhava pro céu e pensava, quantos dias da minha vida perdi tentando vender,
vender o que ninguém comprava porque era fogo ter o produto para depois oferecer,
Carros passavam e as pessoas olhavam o que eu fazia ali parado que nem retardado,
sem formar negócio não saía do lugar, estava cansado faltava-me o ar pra respirar,
Depois de muitos raios solares estava calor, era eu e mais ninguém nem o demônio teria mais humor,
Gastei uma grana pra comprar meu fusca, mas dia seguinte robaram ela tinha até nome, Robusca
Meus amigos vieram me visitar pra ver como eu tinha crescido, talvez de tamanho porém maior ainda eram os meus anti-depressivos,
Reformando a minha vida, que nada, era o que faltava caia fezes de passarinhos amedrontados dava raiva,
Pior que meu primo de segundo grau só meu irmão que dizia-se primogênito, achando que era uma palavra legal
que o fazia o maioral, tudo bem não sou cultivador do mau, mas o moleque fede, mais até do que os caras lá da budapeste,
Dias depois comprei uma loja, tentar nova vida sem precisar vender drogas pra homicídas,
mas durou pouco e não foi além, pois sua porta estava quebrada, as outras também, nem imagino o que seja, um cara bêbado quase me acertou com um copo de cerveja,
são coisas do tipo que vão e vem, na minha vida nada convém
...gerente desde cedo, e é desde cedo que essa merda se mantém.
Enquanto andava pela praia sem compromisso, e sozinho, pra gastar meu tempo arranjei um motivo,
E para desse motivo sair algum dinheiro, fez-se a facção frenética, o Mercado Negro.
Gerente...