Rios sem margens
Miguel sanches
Deslizam os rios calmos
Do pensamento sem mágoas
E nem reparam nas margens
No correr das suas águas
Do pensamento sem mágoas
E nem reparam nas margens
No correr das suas águas
O vosso fim é o mar
Ó rio que só passais
Sem vos deter sem olhar
As margens que vós deixais
Esse mundo onde a saudade
Desperta em cada flor
Onde há noite e madrugada
E risos frescos e dôr
Mas vós passais, águas calmas
Como passa o pensamento
Das puras e brancas almas
Sem margens de sofrimento
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