Mikka

A santa e a puta

Mikka
Tão magnetizada pela loucura sã do dia a dia
Perdida nas delícias de um gozo imaginário
Acalorada nas mentiras das noites frias
Eu vi você ali, sorrindo
Rindo de mim
Maltratando a minha sanidade
Meus lábios, seus beijos
Meu velho garoto, menino homem

Me entorpece e se arrasta em minhas costas tortas
Como a luz de uma estrada revolta
Como eu antes de você, talvez morta

Nos pés, o riso
Por que ri de mim?
Me desprende a monotonia da monogamia e assim
Tem várias de mim

A santa e a puta
O amargo e a fruta
O céu e o inferno
O lume e o cume
O meu e o fel

Não te quero meu
mundo não é seu
Adeus, amor ateu

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