O andarilho
Milton piresO sol brilhava no azul da imensidão
E eu sentado à beira da estrada
A procura de algum alento para viver
E um destino certo a seguir
Meio confuso o coração partido
Longe de tudo e de todos seguindo
Um caminho que não me levou a lugar
Nenhum – fugindo de mim mesmo
Uma realidade que não queria ver
Bem na frente dos meus olhos
Passei por cidades postos e rios andei
Milhares de milhas tentando chegar em algum lugar
E cheguei no fundo do poço
Onde jamais imaginei estar
Acordei com o corpo cansado a
Alma ferida quando olhei vir um raio
De luz iluminando
Caminhando em minha direção
Com a vida vazia minha viola na mão
O rosto marcado pelo tempo
Comecei a tocar uma canção
Chegando bem próximo de mim
Olhei nos seus olhos, sentir despertar
Dentro de mim a vontade de voltar a viver
Com seu jeito meigo e bondosa
Me ofereceu comida e um lugar
Para descansar
Tudo ela me deu
Sem nada pedir em troca
Tudo que eu tinha a lhe ofereci
Uma Imagem triste de um andarilho
Mal-vestido sujo pês no chão tocando e
Cantando a mais linda canção
Esta imagem espalhou para todos alguém
Viu e ouviu, e pediu para irem ao meu encontro
Aqui me encontraram deitado no chão
Com muita gratidão me estenderam a mão
Com lágrimas nos olhos levantei
Olhando para frente avistei toda
Minha gente acordei para a vida e
Resolvi bater de frente com a cruel realidade
Aqui estou livre leve e solto
Este é um exemplo para quem não quer
Compreender que a vida
É o bem mais importante que temos