Moinho

Sai, mané

Moinho
Eu sou de paz e ninguém me arreda
Eu sou sangue bom pode acreditar
Eu dou um boi pra não ir para a guerra
E uma boiada pra não voltar...

Se não for a vera,
É melhor parar.
Vê se não começa,
Porque é difícil pra terminar.

Não como grama, nem jogo pedra.
Não sou de ferro pra tolerar.
De cima piso, de baixo cerca.
Meu deus onde que isso vai chegar...

Quando a coisa aperta,
É pra arrepiar.
Se bota na tela,
Começa a hora do pau quebrar.

Como é que é?
Como é que é?

Se é pra encarar, vai de cinto qual é?

Que jacaré?
Que barnabé?

Se duvidar, leva até de mulher.

O que, que você quer?
O que, que você quer?

Se marcar, vou pisar no seu pé.

Abakule que lekele?

Vou lhe fazer descascar de colher.

E sai mane...

Agora tudo acaba em conversa,
Não tem conversa pra me levar.
Se do meu lado ninguém manera,
Quem é menino pra maneirar.

Se esse leite azeda?

O mel vai rolar.

Oi traga na tigela,
Que eu vou beber de me lambuzar.


Tanta gente eu já vi nas pernas
E o mundo vai de pernas pro ar
O bom cabrito é bom por que berra
E olha o barco que vou armar é...

Pescoço é canela
E se vacilar,
É caixão e vela.
Ajoelhou vai ter que rezar.

Porque sou filho de meu pai amigo,
Por isso não se sai não.
O amigo não se engane,
Que eu do (coro no cordão).

Se vier com gaiatice,
Não sou da sua laia irmão.
Se for mexer comigo,
Não tem (descanso) nem perdão.

Como é que é?
Como é que é?

Se é pra encarar, vai de cinto qual é?

Que jacaré?
Que barnabé?

Se duvidar, leva ate de mulher.

O que, que você quer?
O que, que você quer?

Se marcar, vou pisar no seu pé.

Abakule que lekele?

Vou lhe fazer descascar de colher.

E sai mane...

Quem vê de fora não considera,
E também por menos não vou deixar.
A minha mãe não cuidou da (peça),
E a dona encrenca vai grampear.

Vou tirar da reta.

Eu vou!

Vou me adiantar.

Mas eu vou!

Vê se não me apressa,
Me da licença que eu vou passar.

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