Monollogo

Retrato

Monollogo
E você tenta me provar
Que está tudo bem
Fica mais fácil de aceitar
Quando se pode ter
Mas não se tem
Descobri que o teu olhar é um esboço da janela
Do quarto onde tua alma dorme
Se encolhe

De tanto frio
Ela está fechada e ainda assim o vento consegue entrar
Talvez está acostumada a fazer tempestade num copo d’água
Estou medindo as palavras
Já que minha intenção não é ferir
Nem magoar o teu frágil coração
Encare isso como uma forma mais singela de apagar
Os teus vestígios tão incertos
Que ainda estão aqui a me assombrar

Quase impossível
Mais provável, insensível
Que minhas palavras sejam como espinhos pra ti
Me perdoa, essa é a maneira
A minha única maneira
De imortalizar o que entre nós dois existiu

[...Me conta o porquê do céu ser sempre
Azul e ainda assim as nuvens cinzas ofuscarem sua cor...]
Assim fica mais fácil de acreditar
Que as coisas nem sempre são como parecem ser
E a tristeza que sinto no coração
Pode estar ofuscando algo bom
Mas o que é realmente bom?

Quem foi que disse que a tristeza é o mal que nos assola?
Se a solidão que nos deixou a sós
Hoje chora e consola
Afinal, o que seria dessa história
Se eu simplesmente te dissesse que está tudo bem?
Fica mais fácil de aceitar quando se pode ter
Mas não se tem
Eu descobri que o teu olhar é um esboço da tua alma
[...E ele chora, chora...]

É quase impossível
Mais provável, insensível
Que minhas palavras sejam como espinhos pra ti
Me perdoa, essa é a maneira
A minha única maneira
De imortalizar o que entre nós dois existiu
É quase impossível
[...Me conta o porquê do céu ser sempre azul...]
Mais provável, insensível

Me perdoa essa é a maneira
[...Me conta o porquê do céu ser sempre azul...]
A minha única maneira
De imortalizar o que entre nós dois existiu
Me conta o porquê do céu ser sempre azul

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