Lapa em três tempos
Moyseis marques
Abre a janela formosa mulher
Cantava o poeta trovador
Abre a janela formosa mulher
Da velha Lapa que passou
Cantava o poeta trovador
Abre a janela formosa mulher
Da velha Lapa que passou
Vem dos vice-reis
E dos tempos dos Brasil imperial
Através de tradições
Até a república atual
Os grandes mestres do passado
Dedicaram obras de grande valor
A Lapa de hoje, a Lapa de outrora
Que revivemos agora
As serestas quantas saudades nos traz
Dos cabarés e as festas
Emolduradas pelos lampiões a gás
As sociedades e os cordões
Dos antigos carnavais
Olha a roda de malandro
Quero ver quem vai cair
Capoeira vai plantando
Pois agora vai subir
Poeira, oi, poeira
O samba vai levantar poeira
Imagem do Rio antigo
Berço de grandes vultos da história
A moderna arquitetura lhe renova a toda hora
Mas os famosos arcos
Os belos mosteiros
São relíquias desse bairro
Que foi o berço de boêmios seresteiros
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