Curto
Naeno rocha
O que me faz contar em versos
Ser este prospecto que ninguém ler todo,
É uma pressa que conta a minha alma, em desassossego
É medo de perder-me enquanto me alongo,
Fazendo um simples ponto curvar-se em circunferência.
É um temor cruel de que ninguém me entenda,
Mesmo que não estenda ao que quero dizer,
E disso mais, sendo uma sinopse
Escrita, me utilizando do que de bom aflora.
Agora mesmo não saberia contar,
Que estes versos são escorridos dos dedos,
Que a maravilha perdeu-se com ele,
Pro fundo foi, na areia se escondeu.
Eu escrevo coisas curtas, mas que não são breves,
E elas se alteram conforme anda o mundo,
Nesta marcha lenta, que a todos engana,
E mais faz motivos, e mais guarda lembranças.
Quando escrevo torno na margem da direita,
Não é temendo um louco desgovernado, vesgo
Que do outro lado rasga-se e buzina
É que ser preciso nos dois sentidos impossibilita,
As palavras cruzarem o tempo e a vida.
Ser este prospecto que ninguém ler todo,
É uma pressa que conta a minha alma, em desassossego
É medo de perder-me enquanto me alongo,
Fazendo um simples ponto curvar-se em circunferência.
É um temor cruel de que ninguém me entenda,
Mesmo que não estenda ao que quero dizer,
E disso mais, sendo uma sinopse
Escrita, me utilizando do que de bom aflora.
Agora mesmo não saberia contar,
Que estes versos são escorridos dos dedos,
Que a maravilha perdeu-se com ele,
Pro fundo foi, na areia se escondeu.
Eu escrevo coisas curtas, mas que não são breves,
E elas se alteram conforme anda o mundo,
Nesta marcha lenta, que a todos engana,
E mais faz motivos, e mais guarda lembranças.
Quando escrevo torno na margem da direita,
Não é temendo um louco desgovernado, vesgo
Que do outro lado rasga-se e buzina
É que ser preciso nos dois sentidos impossibilita,
As palavras cruzarem o tempo e a vida.
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