Irreversível
Naeno rocha
Contemplo o rio em seu percurso
E tudo se parece no tempo
O próprio momento
Retenho nas mãos o que cabe dele
Mas não o retenho
E na efusão da água fervente
Tomo vôo como uma ave rebelde
A tentativa de conter sua corrente
É a mesma de manter
A minha vida no controle
Do meu olhar, da minha vontade.
Mas ela escoa por entre os dedos
Ou segue o seu curso desde a nascente
Como algo feito assim mesmo
Que ninguém toca, não se retém
E nem se revolve
Para um reparo, que ajusta
O que está incerto,
O que a faz , muitas vezes doída.
E tudo se parece no tempo
O próprio momento
Retenho nas mãos o que cabe dele
Mas não o retenho
E na efusão da água fervente
Tomo vôo como uma ave rebelde
A tentativa de conter sua corrente
É a mesma de manter
A minha vida no controle
Do meu olhar, da minha vontade.
Mas ela escoa por entre os dedos
Ou segue o seu curso desde a nascente
Como algo feito assim mesmo
Que ninguém toca, não se retém
E nem se revolve
Para um reparo, que ajusta
O que está incerto,
O que a faz , muitas vezes doída.
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