O teu olhar
Naeno rocha
O tu olhar tem a mansidão do dia
Nas derradeiras horas do poente
Amarelando o céu de repente
À beira do abismo de uma note fria.
Nas derradeiras horas do poente
Amarelando o céu de repente
À beira do abismo de uma note fria.
As horas passam vagarosamente
Em teu olhar onde mora a nostalgia
De um fim de tarde pleno de poesia
No qual o sol recolhe-se cautelosamente.
Em teu olhar agoniza o segredo
Que o silêncio esconde e guarda do teu medo.
Como se o resguardasse sua própria sorte.
São teus olhos ternamente enamorados
Carinhosos, tristes, brilhantes e apaixonados
Que inventam até esta paisagem forte.
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