Nardel silva

Orelhano

Nardel silva
Do lado de uruguaiana,
Venya viajando para los pagos de santa maria,
Sentado junto al negro de la gaita
Um paisano de bombacha, alpargata y
Boina negra, no se sabia de donde era,
Pero quando le pedieran la
Indentidade, respondió despacito:
Me identifico com la paz, y vengo a
Cantar para o sú bandera.

Orelhano de marca e sinal
Fulano de tal, de charlas campeiras
Mesclando fronteiras, retrato da estampa
Rigores do pampa e serenas maneiras
Orelhano, brasileiro-argentinos
Castelhano-campesinos, gaúchos de nascimento
São tranças de um mesmo tento
Sustentando um ideal
Sem sentir a marca quente
Nem o peso do buçal.

Orelhano, ao paisano de tua estampa
Não se pede passaporte
Nesses caminhos do pampa.

Orelhano, se hoje vives embretado
Procurando um descampado,
Nesta gaúcha nación,
E aquele traço de união
Que nos prende lado à lado,
Com um laço enrodilhado
À espera da ocasião.

Orelhano vem lutar no meu costado
Num pampa sem aramado,
Soprado pelo minuano
Repontar a liberdade,
Que assinava tal faceira
As cores de uma bandeira,
Levantada no passado

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