Natália ore

Ti.ra.no

Natália ore
Acordo e só tem Dorflex
Eu nem consegui dormir
Falta de ar e stress
Dores que há dias tem durado
Meu pai tem várias cartelas de comprimido no
Carro
Ambos drogados
Ele lá, e eu aqui
Na rotina, finjo está sóbrio
Em casa, finjo está sóbrio
Até bebendo finjo está sóbrio
Se tu me tira da tua vida, mulher
Eu entro em coma alcoólico
Não retire-se
Se atire-se
Teus sons agudos são a gravidade pondo
Me de joelhos ao chão
É tanta areia pro meu caminhão que meu coração
Vazio virou um deserto frio
Cada conversa vários versos
Me desavesso ao te encontrar em uma nova versão
Quando estiver pronta para revezar, fazemos o
Inverso até não termos mais o que inventar
Destino é roda da fortuna
Acaso a girar

Confie em meus olhos e o que eles não revelam
E como um feixe de luz ultrapassando as rochas
Te vejo chegar em passos mansos me amansar
O tarde demais já vem lá
Me abraça enquanto emendo
Me aperta que nem remendo
Nossos sentimentos são barcas a nos abrigar
Conexões fortificadas
Alma oscila
Teus olhos são um poço dos desejos
Eu, suicida atirar me
Querendo morrer de amor
Morrendo de medo de amar
O que temos está tão distante dessa humanidade
Que até posso chamar de Deus
Bebendo do teu copo
Bebendo do teu corpo
O meu amor é seu
Talvez por isso eu me odeio tanto
Porque todo amor que eu tenho é seu
Boto tanta fé na gente que virei ateu
Nem Deus te ama tanto quanto eu
Nem Deus te ama tanto quanto eu
Nem o diabo quer te fuder tanto quanto eu
Cheio de Orgulho, Raiva, Ego e ela tão
Compreensível
O mar que escorre dos teus lábios bebo igual
Vinho

A meta é o mundo
Mas não posso largar tudo
Isso inclui a minha irmã mais nova, você e os
Nossos filhos
Sentiria tuas cólicas
Teus sumiços são códigos
Talvez eu seja eufórico demais
Exigente demais
Ou simplesmente precise de um psicólogo
Nosso amor é uma clemência
Pra esse munda cheio de pressa e preces
Eu via isso nos teus olhos
Talvez eu seja eufórico demais
Exigente demais
Cê num vai tá aqui pra sempre
E sorrir não é acabar com os problemas
Seu corpo é minha noite de Natal
Onde só penso em comer
Minha alma explodindo igual
Trinta e um de Dezembro
Tudo nela me acalma
Igual Sol de ano novo
Mesmo ela odiando o amanhecer
Mesmo que odeie ver o amanhecer
Eu tiro tua paciência
E tu tira minha roupa
Mas, também tiro tua roupa
E tu tira minha paciência
Dentro da eternidade
E fora das nossas roupas
A máscara que cobre a nossa indecência

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