Nau

Novos pesadelos

Nau
Tantos sonhos nos trouxeram
Noites claras, luzes
Pelos dedos escorrendo
Novos pesadelos

Tanta ânsia, ferrovias
Aço e fome chegam
Coletivos, avenidas
Quase nos arrastam

Rei morto, rei posto
É a lei proclamada
E ninguém sabe quando
Até quando?

Nos perdemos entre contos
Poeira de máquinas
Multidões se atropelando
Num mundo sem espaço

Tanto tempo repetindo
Mesmas paisagens
Crueldades, correrias
É o tempo que esmaga

Rei morto, rei posto
É a lei proclamada
E ninguém sabe quando
Até quando?

Rei morto, rei posto
É a lei proclamada...

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