No meu nome (part. don l)
Nego galloBora, pai
O que te faz ser real?
Minha cidade me faz ser real (um, dois)
Meu bairro me faz ser real (salve)
Meus amigos me fazem ser real (meus amigos, salve)
Isso aqui é fortal
Essa é a parada, é a cabeça que usa o boné
Mané vai de laranja por querer ser o que não é
Não vai me ver vacilar
Quando foi que cê me viu vacilando?
Eu não vou assinar
E se for assinar, vai ser rimando
Nos becos sem cena, driblando tragédia
O rap foi redenção
Tipo islã pro preto
Batendo no fone, drone, mic na mão
Pulso de luxo, foi mó chão
Dias sinistros sob o Sol de verão
Ascensão, tensão
Mas na causa Cristo, eu
Meus irmãos mal vistos
Fatos, vagabundos natos
Noites valendo a vida e a mente
No que embandeirou
Se vacilar, embarreirou
Quis embarreirar, se embarreirou, foi mal
Sei que me saca, saca meus chapas, saca essas gata
Tipo minhas área mata que nem Bagdá
Na quarta eu tive sorte, saca?
Vários outros não
A gente vem valendo, coração batendo
Oração, talento, fica atento
Então bate pesadão (bate pesadão, bate pesadão)
Cê não tá entendendo
Desde do tempo das nove
O mundo se move
É o que tá tendo
[Nego Gallo]
Vagabundo vai
Vagabundo vem
Vagabundo traz
Vagabundo tem
Vagabundo cai
Se levanta, também
[Don l]
Ser sal, Carlin
Voltar uma década pros cara entender o baguio, certo?
Pânico de porra nenhuma, só vai, chapa
Pobre como Pablo
Videogame pro raio
Uniforme gasto às cinco
Pronto pro trabalho
Me filma do outro lado
O dito zé povinho no pico do busão
Me viu, viu que eu vi a blitz
Me viu fugir da blitz
E eu vi na pupila o brilho do reflexo do aro
17 é cheque, rebaixado
Yeah, soa sexy
Soa tec, tec, tec, pó, pó, pop, pop
Como o tráfico
Videoclipe do Catra
Precoce, tipo a morte do ídolo pop
Tipo um Pablo
Morte comum no meu bairro
E eu nem era aquilo
Aquilo era só o que ele queria ver
Ele que
Nem era bandido, mas era banido do espelho
Que não devolvia o que ele podia ser
Era 2006, eu nem vi o moleque
Em 2007, disseram 1-5-7
Disseram que três mês foi de stress ali no sétimo
Área dos outro ele era quieto
Sacava ninguém ali na oeste
Os cana maldoso me mete o pivete bem em jaula de gorila
Ele era só um ladrãozinho de vila
Foi só defensor e sem família
E lá pra 2008 na rua solto
Já chefe de quadrilha
Pegou uns contato ipps
Sabe quem abastece
As área tão Texas
Onde dominava coca, sacou a pistola e disse: Por que não Pepsi?
Lá pra 2010, parou com uma ranger no vermelho
Ouvindo meu som num rolê desse
Eu tava com as conta no vermelho
Num ponto de ônibus às seis, terça
E vi na pupila do olho o ouro de tolo do jogo do 3-3
Cumprimentei com todo respeito
Sinal verde, ok
Vagabundo vai e vem
O nome do vete na boca dos verme
Eu tive lá, voltei
E nove entre dez num tiveram sucesso
Mas vagabundo traz
Cê paga o valor do vapor caro
Enquanto o mundo jaz
Sentado no capô do carro no pôr do Sol
Uns três anos depois
Com meus altos e baixos
Pensei que aquela última rima
Que embalou o irmão
Naquela última tarde
Num era minha, era da minha cidade
Onde os moleque corre o dobro pra viver a metade
Raro é se manter de pé com a integridade intacta
Pânico de nada, é tudo estrada, chapa
Veterano, Gallo