O imortal

Eu em minha redenção
Vi o meu povo sambar
Pelos mares ela vem, Janaína

Na estrada que eu caminhei
Às vezes eu tentei buscar
Uma explicação, a verdade

Primeiro de janeiro é hora de pagar
Os fogos acabaram, então vamos entregar
O mar está aberto, o céu está fechado
Eu peço na areia, fique sempre do meu lado

Do outro lado do mar
Ouvi uma tribo cantar
Em falsa calmaria, sacrifício

Disseram que meu sangue valia um preço alto
Eu visto um terno preto e ando de gravata
Eu tenho os pés descalços, acendo uma vela
Eu vejo minha alma num gole de cachaça

Esse é meu país, sem comparação
Não espero minha morte, essa é a minha condição