Poeta marginal
O estandarte
E há quem venha dizer que sou vagabundo
Sim, sou senhor do meu rumo
Assumo meu viver
Sim, sou senhor do meu rumo
Assumo meu viver
Ando sim noite afora
Durmo em praça a qualquer hora
Levanto e trago meu varal
Ando e bebo enquanto esbarro
Corro, seco meu cigarro
Que molhou no temporal
Sou poeta marginal
Se tu não entende isso
Tira o teu desdém barato
E volta pro teu compromisso
E do Ferreira eu tenho a praça
No Dragão encontro a massa
Que até pouco a mãe ninava
Sigo sem métrica alguma
Come, dorme, toma a tua!
Que amanhã eu faço nada
Eu faço nada
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