O rappa

Hóstia

O rappa
Os que sobravam encostados no balcão
Ali permaneciam nos trabalhos
Em meio ao ar parado
Não se ouve tiros não há estardalhaço
Bicho-gente, bicho-grilo, quero que se dane
Olhos de injeção

Gatos humanos espreitam
Choram mimados meu rango
Gatos humanos espreitam
Choram mimados meu rango

Não dividiria com qualquer animal
Meu prato de domingo a carne assada
É o principal
Mesmo um mendigo elegante da rua
Prato bonito ou feio minha cabana minha angústia

Meu escudo meu escudo é minha hóstia
Meu escudo meu escudo é minha hóstia
Meu escudo meu escudo é minha hóstia
Meu escudo meu escudo é minha hóstia

Sentia proteção infantil
Mas permanecia assustado
Acuado em situação-hiena
Não sou carne barata
Varejo imaginando pedaço do atacado
Que pena

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