Harmonium
O terno
Tudo que eu pensei e nunca falei
As coisas que eu fiz e nunca mostrei
E como eu agi quando ninguém viu
Ninguém vai saber, ninguém vai saber
O que não deu certo por sorte ou azar
Ninguém reparou, ninguém vai notar
As coisas que eu fiz e nunca mostrei
E como eu agi quando ninguém viu
Ninguém vai saber, ninguém vai saber
O que não deu certo por sorte ou azar
Ninguém reparou, ninguém vai notar
E a coincidência podia mudar
Mas já não mudou e acabou de passar
Será que ninguém consegue assistir
O que a gente faz sozinhos aqui?
Será que depois que a gente morrer
Vamos assistir o que não deu pra ver?
Num grande cinema, com quem já morreu
E quem vai morrer, e quem nem nasceu
Quem sabe se eu tentasse guardar
Tudo o que eu ouvi, ou vi, ou senti
Aquilo que nem se eu explicar
Vai fazer alguém se sentir igual
E eu vou colocar tudo nesse baú
Que só vão abrir quando fizer sentido
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