Trem das sete
Odair e trajano
Ó, olha o trem, vem surgindo de trás das montanhas
Azuis, olha o trem
Ó, olha o trem, vem trazendo de longe as cinzas do
Velho aeon
Azuis, olha o trem
Ó, olha o trem, vem trazendo de longe as cinzas do
Velho aeon
Ó, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que
Sabem do trem
Ó, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no
Trem
Quem vai chorar, quem vai sorrir?
Quem vai ficar, quem vai partir?
Pois o trem está chegando, tá chegando na estação
É o trem das sete horas, é o último do sertão, do
Sertão
Ó, olha o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu
Não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso
No ar
Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e
Dos guardiões
Ó, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil
Megatons
Ó, ó o mal, vem de braços e abraços com o bem num
Romance astral
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