Oito

Pequenos aos sacos

Oito
Pequenos jogados aos sacos
Sábios sendo vigiados por
Novos que se acham sábios
Papéis sendo picotados
Às sombras do candelabro
Sujo do nosso cerrado
São os votos
Do último plano
Que não vingou
Não acertaram o cachê
Não foi ele nem foi você
Quem fez
De quem é a culpa?
De quem é a culpa dessa vez?

Brutos sendo espancados por
Mulheres com seus recados delicados
As urnas do nosso passado
Nos mostram os ossos
De todo nosso pecado
Velam os reis
Enterram os seus
Caem os fortes
Conhecem o apogeu
Não querem seu mal mas não fazem por bem
Sem um rosto não são ninguém
São os votos
Do último plano
Que não vingou
Não acertaram o cachê
Foi quem disse
Que não voltaria mais
Hoje estampa o rosto
Na capa dos jornais

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