Onagra claudique

Teses taxistas

Onagra claudique
Como quem sonha com sede
Cede à sedução dos anseios mais primordiais
Até as brechas mais vagas da imaginação

Mil artifícios conduzem o leigo à preguiça
Em cada imagem a máxima de um preconceito
Hordas de bárbaros mansos que a plenos pulmões
Difundem suas teses de taxistas

E o coração azul do pai palpita
E traduz o injusto com aplausos
Ao ver privilégios onde há direitos

Larvar abortadas no quintal de casa
Prosperam com o espólio incauto da safra
Formada por jovens mais velhos que eu

Minha nostalgia serve a isca
Instiga o fetiche, projeta uma cifra
No olho de vidro do ceo da empresa

Larvas abortadas no quintal de casa
Prosperam o espólio incauto da safra
Formada por jovens mais velhos que eu

Minha nostalgia serve a isca
Instiga o fetiche, projeta uma cifra
No olho de vidro do ceo da empresa

A fé que é cega
A seu defeito
O despreparo da polícia
A distração de ser artista
E a instrução da classe média
Média

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