Eu sou campeiro

Me criei lá na campanha, doutor na lida do campo, domador e guitarreiro
Tomo meus tragos de canha, sou bagual, ninguém me acanha, índio veio bem campeiro
Quando estoura o rebuliço, não dou folga pro serviço e cago os galos de pau
Minha única fraqueza é uma china dançadeira num fandango bem bagual

E se o fandango é bem bagual eu sou campeiro!
Doutor na lida do campo, domador e guitarreiro
Tomo meus tragos de canha, e me atraco no entrevero

Não tenho medo de nada, enfrento qualquer parada, eu sou índio de galpão
Pois eu não nasci de susto e gaúcho que é gaúcho nunca frocha o garrão
Tempo feio não me espanta, até poeira levanta, quando defendo o meu chão
Através desta cantiga, fica meu verso, minha rima e o amor pelo rincão