Os caxambus

Gíria poética

Os caxambus
Tua gíria poética, crua e diurética
Saliva de uísque, cornucópia de prazer
Sem folego sem correr
Venho ardente incendiar o fogo da tua nuca

Tão benquista é vosmecê
Coube a mim te enfeitiçar
Com o perfume de tabaco
Teu estado laico
Teu véu eu fui tirar

Foi aquele beijo amor
Veio-me embriagar
Do boêmio que sou
Bebi minha ressaca

Tua rede desconexa
A lógica que nos conecta
Lágrimas de saquê
Terabytes de saber
A mais bela do oeste
Princesinha de minas
O mundo te procura

Démodé tua psique
Decifrar ou devorar-te
O realismo fantástico
No abraço raso do teu céu
Que eu fui pintar

Foi aquele beijo amor
Veio-me embriagar
Do boêmio que sou
Bebi minha ressaca

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