Ó a oi
Os primos de odeteQue hoje eu vim, aqui pedir, a mão da zezé, para casar
Ela me qué, eu também qué, sou o seu macho ela é minha muié
Tenho um trabaio, bom prá caraio, sô coroinha e tenho fé
Todos os dias, acordo cedo, vô pro emprego prá trabaiá
Mas num cunsigo, num mi cuncentro, penso só nela e quero casar
Ó meu cumpádi, to xonadão, muito tesão e sem muié
Por isso que, quero pedir, o corpo inteiro e a mão da zezé
Se o sinhô não, pode me dar, pode emprestar que'u devolverei
Eu sou bonzinho, até bonitinho, sincero e gostoso mas nunca transei
Levo uma vida, agitadona, e a peruona, gosta de mim
Toco viola, toca sanfona, toco pandeiro e ela toca prá mim
Ó a oi, ó a á
Ó a OI, Ó a a
Ó garotão, preste atenção, que minha filha não tá à venda não
Não a entrego, prum pé rapado, um zé-coitado com má intenção
Pois vá tirando o cavalo da chuva, que minha uva, cê não chupa bem
Fica excitado, como um tarado, mas zé-coitado não come ninguém
Ó a oi, ó a á
Ó a OI, Ó a a
Ó meu cumpádi, quero dizer, que vosmecê, não sabe não
Que'la me ama, eu mamo nela, e vez em quando eu passo a mão
Pergunta prela, tudo que'u disse, se o sinhô visse me dava razão
Ela é gostosa, bonita e cheirosa, mas tá carente, tá com tesão
Ó a oi, ó a á
Ó a OI, Ó a a
Papai eu quero me casar
Com esse zé-coitado
Porque só ele sabe me dar
Um prazer danado
Viste dotô, que'u tem razão, e que o morzinho sente por mim
Ela me ama, eu mamo nela, e que com ela eu quero dormir
Quero casar, para transar e prá depois nóis disquitá
Eu pro meu lado, ela pro seu, com o seu neto e o filho meu
Ó meu cumpadi, to ligadão, já bebi todas e vim pedir
Isto é um assalto, mãos para o alto, passa a donzela, vamos fugir...
Ó a oi, ó a á
Ó a OI, Ó a a