Os viajantes

Viajantes visitantes

Os viajantes
Seguiam sempre, sempre seguindo,
e com aqueles olhares infantis
de quem está sempre a ver o novo,
observavam o mundo a olhos rubis.
Seguravam o quanto podiam
os ponteiros daquele relógio,
mas sabiam que eles girariam,
nos sentidos do medo, amor e ódio.


| Eles pareciam viajantes, sei que eles eram visitantes.
| Eles vivam por um instante: um mundo melhor

Seguiam sempre, sempre fugindo
do que naquela vida não iriam lutar.
E na próxima parada iriam tentar,
encontrar o sentido de estar sempre mentindo.
Não queiram parar pois mal sabiam
onde aquilo os iria levar.
Queriam apenas comprar um mundo
talvez uma saída daquele poço fundo.

| Eles pareciam viajantes, sei que eles eram visitantes.
| Eles vivam por um instante: um mundo melhor

E nos fantásticos mundos por eles criados
não teria fome, medo ou repressão.
E tudo estaria em paz, paz que dispensa advogados
paz porém da incrível cidade da imaginação.
E enquanto se hospedavam naquilo que achavam tão natural,
tinham uma certa viagem de volta: overdose no mundo real.

| Eles pareciam viajantes, sei que eles eram visitantes.
| Eles vivam por um instante: um mundo melhor

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