Palhaço paranóide

A aurora e o orvalho

Palhaço paranóide
As Árvores contam aos pomos
Um outro conto
Minha silente presença
Entre As flores sangra
Tornando as brancas rubras
Manchando-as

Doente minha alma dança a doce balada
Composta por um coração amargo
Quando aprendi a voar só
Fui me encontrar tão longe
Quando sempre estive comigo

As brumas contaram às pulcras rosas
Que eu deitaria sobre elas

Minha asa quebrou
E mesmo assim me abandonaram

Eles voaram para o norte
Quando eu me curei
Mesmo no inverno fiquei onde estive
Então a neve cobriu meu corpo
E os seus lençóis fizeram o tempo
Esquecer de mim

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