O sorriso da caveira (parte 2)

Se eu avançar, me sigam, se eu morrer, me vinguem
Se eu recuar, me matem, esse é o lema estilo viking
Se morrer como guerreiro, sou bem vindo em Valhalla
Se morrer igual forasteiro, serei só mais um na vala

Os ratos usam táticas sem ter honra recuam oprimidos
Acertam moradores para nos travar com os feridos
Os bravo mike no apoio prestam os primeiros socorros
Aos inocentes que foram alvejados e os cornos

Na TV passaram a manchete com notícia
Morador de aglomerado é alvejado por polícia
Isto antes da perícia vão pôr num crucifixo
Deixo esses pensamentos e contínuo de olhar fixo

A procura do alvo, que está salvo da minha mira
Cada poste, cada muro, conquistado o jogo vira
Do alto o aglomerado é vigiado pelos olheiros
Surpreendidos por paraquedistas PMs mineiros

Saltam da aeronave, sorrindo sem temor
São os guerreiros alados que desconhecem o que é dor
Agora os ratos tão cercados na biqueira, ratoeira
No alto do morro é levantado uma bandeira da caveira

Perderam cinco fuzis estão sem suas armas pesadas
Eles mandam de oitão nós respondemos com rajadas
Colocam obstruções para barrar nosso blindado
Mas nós tiramos no braço o time aqui só tem dobrado

Um tiro de um arrombado acerta nosso ponta
A patrulha tem desfalque mas isso não o amedronta
O mula pede cobertura para buscar o irmão ferido
Que ao invés de sentir dor estar sorrindo agradecido

Agora eu assumo a ponta da patrulha tô imbuído
Nosso saldo está positivo conta menos 6 ladrões
Mas o alvo da missão continua escondido
Ninguém desce ninguém sobe antes concluir a incursão

Quando eu avançar, me sigam, se eu morrer, me vinguem
Se eu recuar, me matem, esse é o lema estilo viking
Se morrer como guerreiro, sou bem vindo em Valhalla
Se morrer igual forasteiro, serei só mais um na vala

A hora mais escura é próxima da alvorada
A farda preta some e a da rotam é camuflada
Thor bate martelo, o trovão anuncia os raiados
A rotam tomou os flanco o ger o posto avançado

Operação conjunta da polícia militar mineira
Da terra dos três heróis da FE brasileira
O sangue que corre nas veias é o mesmo batalha
Em Montese na Itália, nunca jogamos a toalha

O silêncio é quebrado pelo som de um rádio
Num barraco em frangalhos em um terreno baldio
Memórias do pênalti perdido em 94 pelo badio
Logo após começa a tocar o lindo hino do Brasil

Segurei forte o fuzil arrepiei até os pés
Deus mandou seu mana igual no deserto para Moisés
Me senti revigorado o cansaço foi dominado
Abri o mar vermelho com o cajado oxidado

Prossigo sempre atento vejo uma ratazana
Que ao ver os homens de preto sente medo se inflama
Corre atordoada em direção bueiro na esquina
Quase entra se assusta dá meia volta e logo pina

O pedrão cê percebeu que a rata deu meia volta
Joga um gás nesse bueiro e prepara pra revolta
Sai dois pila pulando igual bola de pingue-pongue
Só não vingo que esses tem dono é do PM king kong

Que está sedento por vingança levou um tiro na testa
O arrombado onde está a cb e o ford fiesta
Vontade de apertar o gatilho e responder outro bala 4
Já estou sendo acusado pela fita da rua 4