Par de sais

Hematoma

Par de sais
Quem sabe o composto
Daquilo que cai
Deste copo ao chão

Quem age com tal habilidade
De se arremessar
Da palma da mão?

Pois são poucos os laços
Que amarram os trapos
Do hematoma que há em mim

Só deixa eu ver no que dá
E deixa eu ser um tolo a me cegar

Qual parte da dor que me cabe
Entre as ferragens
Dói mais em mim?

Mesmo assim
Eu deixo encostado
No caso de um acaso
Voltar pra mim

Mas são poucos os laços
Que amarram os trapos
Do hematoma que há em mim

Deixa eu ver no que dá
Me deixa ser um cego a se esquivar

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