Rumo
ParteumMitos revirando manuscritos como filósofo desanimado
Mcs trocam de lado como atravessamos ruas
Que rima é essa sua? A minha é rhara
Conversão de cada linha pra moeda mais cara
Tento amá-las como um magnata centenário
Eu tenho vários lugares pra visitar, chucros pra me xingar
Mas eu vou continuar
Até que a tinta acabe, até que o mundo acabe
Até que o povo saiba que há muito mais que raiva em cada nota musical
Escute: é rap nacional. Mas eu sou internacional
Praça econômica do calçadão de Santa Mônica
A praia de armação, chinelo e meia,tipo mexicano insano
Ouvindo um som, fazendo um som, quem tem o dom preste atenção
Nunca nos rótulos que criam pras rimas que faço, inovação e consciência
Além do resto de fato
Ache um rumo pra chamar de seu, o dom que o tempo deu
Venceu as garras da tolice eu nunca disse que seria fácil
Folhas de almaço cobrem cada passo nessa dimensão me pego mais a rima até o refrão
Limpo como a água da fonte mais pura
Caro como a cura de doenças que um governo cria
Inspiro best sellers como queiram na batalha
Da coroa de latão eu não me curvo ao rei mandão
Que nada sabe sobre hieroglifos
Livros que se movem como gente
A morte é convincente pra quem fica vivo
Contratos são cumpridos
Empresários são falíveis como táticas de guerra
Nessa esfera onde a inveja é um metro, eu ando reto
Mas na curva alguém me espera pra entrar no meu sapato
Nunca me livro das correntes, como culto me eximo dessa merda que me quer
No chão fudido, mal pago, desesperado
Há algo muito errado no ar
Na hora de brigar ninguém separa, eu nada falo mas
Tem sempre boi na linha
Escravo de cada linha que guardo no meu caderno
Bem vindo a esse inferno que criei pra alguns de nós
Te dou o business como foz, um coração como robô, do mágico de Oz
Erguendo a voz no silêncio de cada passe enquanto séculos passam sem que o mal se mova
Nessa alcova do gueto de cada mente eu sigo em frente
Otimista na arte da guerra, planos mudo sempre
Quando dizem que o rap não presta sei que é convincente
Fala mal da verdade, do mundo, é ser intransigente
Se curvar à vaidade dos burros nunca, verso potente como bombas
Quem me tromba quer saber,ouviu dizer que quero ter mais do que tal e tal
Poucos do meu grau farão o mal só pra ser mau
Então sublinhe cada linha desse verso eu sou o inverso
Do que Charlie era pra Willy Wonka
Há uma frase que diz, renovar ou morrer!
Vamos renovar!