Patativa do assaré

Antônio conselheiro

Patativa do assaré
Cada um na vida tem seu direito de julgar.
Como tenho o meu também, com razão quero falar
Nestes meus verso singelos , mas de sentimentos belos
Sobre um grande brasileiro, cearense, meu conterrâneo.
Líder sensato, espontâneo, nosso Antônio Conselheiro

Este cearense nasceu lá em Quixeramobim.
Sei eu sei como ele viveu , sei como foi o seu fim.
Quando em Canudos chegou, com amor organizou
Um ambiente comum, sem enredos nem engodos,
Ali era um por todos e eram todos por um

Não pode ser justiceiro e nem verdadeiro é
O que diz seu conselheiro , enganava a boa fé
O conselheiro queria acabar com a anarquia
Do grande contra o pequeno. Pregava no seu sermão
Aquela mesma missão que pregava o nazareno.

Com a sua simpatia, honestidade e brio
Ele criou na Bahia um ambiente sadio
Onde vivia tranqüilo, ensinando tudo aquilo
Que a moral cristã encerra. Defendendo os desgraçado
Do julgo dos potentados, dominadores da terra.

Seguindo um caminho novo, mostrando a luz da verdade,
Incutia entre o seu povo, amor e fraternidade
Em favor do bem comum, ajudava a cada um
Foi trabalhador e ordeiro, derramando o seu suor.
Foi ele o líder maior do nordeste brasileiro.

Sem haver contrariedade, explicava muito bem
Aquelas mesmas verdades que o santo Evangelho tem.
Calado em sua missão contra a feia exploração
E assim, evangelizando, com um progresso estupendo
Canudos ia crescendo e a notícia se espalhando.

O pobrezinho agregado e o explorado parceiro,
Cada qual ia apressado recorrer ao Conselheiro
E o líder recebia muita gente todo dia. Assim,
Fazendo os seus planos, na luta não fracassava
Porque sabia que estava com os direitos humanos.



Antônio Conselheiro
Patativa do Assaré,
do LP "A Terra é Naturá"

Cada um na vida tem seu direito de julgar.
Como tenho o meu também, com razão quero falar
Nestes meus verso singelos , mas de sentimentos belos
Sobre um grande brasileiro, cearense, meu conterrâneo.
Líder sensato, espontâneo, nosso Antônio Conselheiro

Este cearense nasceu lá em Quixeramobim.
Sei eu sei como ele viveu , sei como foi o seu fim.
Quando em Canudos chegou, com amor organizou
Um ambiente comum, sem enredos nem engodos,
Ali era um por todos e eram todos por um

Não pode ser justiceiro e nem verdadeiro é
O que diz seu conselheiro , enganava a boa fé
O conselheiro queria acabar com a anarquia
Do grande contra o pequeno. Pregava no seu sermão
Aquela mesma missão que pregava o nazareno.

Com a sua simpatia, honestidade e brio
Ele criou na Bahia um ambiente sadio
Onde vivia tranqüilo, ensinando tudo aquilo
Que a moral cristã encerra. Defendendo os desgraçado
Do julgo dos potentados, dominadores da terra.

Seguindo um caminho novo, mostrando a luz da verdade,
Incutia entre o seu povo, amor e fraternidade
Em favor do bem comum, ajudava a cada um
Foi trabalhador e ordeiro, derramando o seu suor.
Foi ele o líder maior do nordeste brasileiro.

Sem haver contrariedade, explicava muito bem
Aquelas mesmas verdades que o santo Evangelho tem.
Calado em sua missão contra a feia exploração
E assim, evangelizando, com um progresso estupendo
Canudos ia crescendo e a notícia se espalhando.

O pobrezinho agregado e o explorado parceiro,
Cada qual ia apressado recorrer ao Conselheiro
E o líder recebia muita gente todo dia. Assim,
Fazendo os seus planos, na luta não fracassava
Porque sabia que estava com os direitos humanos.

Mediante a sua instrução, naquela sociedade
Reinava paz e união dentro do grau de igualdade
Com a palavra de Deus ele conduzia os seus
Era um movimento humano de feição socialista,
Pois não era monarquista, nem era republicano

Desta forma, na Bahia, crescia a comunidade
E ao mesmo tempo crescia uma bonita cidade
Já Antônio Conselheiro sonhava com o luzeiro
Da aurora da nova vida. Era qual outro Moisés,
Conduzindo os seus fiéis para a terra prometida

E assim, bem acompanhado, os planos a resolver
Foi mais tarde censurado pelos donos do poder
O taxaram de fanático, e um caso triste e dramático
Se deu naquele local. O poder se revoltou
E Canudos terminou numa guerra social.

Da catástrofe sem pá o Brasil já tá ciente
Não é preciso contar pormenorizadamente tudo quanto aconteceu.
O que Canudos sofreu nós guardados na memória
Aquela grande chacina, a grande carnificina
Que entristece a nossa história

E andar pela Bahia, chegando ao dito local
Onde aconteceu um dia o drama triste e fatal,
Parece ouvir os gemidos entre os roncos e estampidos.
E em benefício dos seus , no momento derradeiro
O nosso herói brasileiro pedindo justiça a Deus.

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