Infância (eterno passado)
Paulo betto
Não faz muito
Que se viu a infância a rodar
Cambalhotas num breve lugar
Num ingrato desaparecer
Mas eu brinco
Pique-pega com a minha inocência
Nas verdade de uma consequência
Que se esconde num jogo de azar
Que se esconde num jogo de azar
Que se esconde num jogo de azar
Que se viu a infância a rodar
Cambalhotas num breve lugar
Num ingrato desaparecer
Mas eu brinco
Pique-pega com a minha inocência
Nas verdade de uma consequência
Que se esconde num jogo de azar
Que se esconde num jogo de azar
Que se esconde num jogo de azar
Seu olho cresceu
E perdeu, a criança
Que havia ali
Mas, há um parque lá fora
Nos fundos do céu
Onde juntos, vamos brincar
Como a primeira vez
Por todo infinito
Num bosque sem lei
Onde os sonhos
Vão nos levar
Não faz muito
Da infância do meu bisavô
Da saliva do primeiro amor
Eram hoje, instantes, há tempo
E era tanto que agora nem lembro
Na gaveta, num canto, sem hora
Seu menino, já virou senhor
E a filha é a mãe hoje morta
Que renasce em corpo de flor
Que renasce em corpo de flor
Seu olho cresceu
E perdeu, a criança
Que havia ali
Mas, há um parque lá fora
Nos fundos do céu
Onde juntos, vamos brincar
Pela última vez
Por todo infinito
Num bosque sem lei
Onde os sonhos
Vão nos levar
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