Falácia
Paulo brazQue acorda manhãs
Deixe o teu sabor
Nos lábios de um poeta
Pra depois partir
Doce canção
Tens sabor de saudades
Dos dias
Vontades
Dos mistérios que eu não desvendei
O choro da noite banhou as romãs
Coral de pássaros
Feliz me faz
Feliz me faz
Suave canção
Tens uma guerra em ti
São amores difíceis
Que só se encontram aqui
Não é vã a fé que eu guardo
Nem é fim de esperança o choro meu
O castelo que eu fiz
Perdeu sua glória
Pois não tinha a beleza do teu amor
Mas eu ainda canto a valsa que você pediu
Canção que vilão não cantou
Água que gado bebeu
Aboio de um velho tangedor
Outono em janeiro
Nos dias primeiros
Dos anos maneiros
Veleiros se vão
Levando cartas pro agreste
Vaqueiro, gibão veste
E assim feliz "vévi"
Só faz prece por pão
Sorria pro dia
Porque a lua acua o sol
Na cuia tem isca pro anzol
E o céu tem cor anil
Mil acácias
Essa é uma falacia
Bacia hidrografica
Artéria femoral comum
Jesus, Maria e José no caminho do Egito
Tava tudo certo
Conforme o previsto
Deus, menino, homem
Profeta, Sacerdote e Rei Salvador
Falando em realeza
Não se descarta a beleza
Da esperteza de salomão
Nem a paciência de Jó
Capim molhado
Não pega fogo
Afogue as magoas em um rio gelado
Olhe de lado
Cante do meio pro fim
Tire os sapatos
Sapos e patos
Passeam no lago
E eu num to nem aí
Pra hora
Agora só quero saber
Do final dessa historia
E dizer que
Se um dia tu partir
Partirá corações
Haverá total comoção popular
Tudo ficará de pernas pro ar
Com revoltas, tiros de escopeta
Protestos em palanquetes
Então saiba logo meu bem
Pra hemorragias, tourniquete
Mas no fim tudo será
Como uma doce canção
E eu ainda canto a valsa que você pediu