O furor vão de tudo
Pedro fE andar por aí procurando um sentido
Entre garrafas vazias e ruas tão velhas
Com palavras amigas a gente se recupera
De uma doença que na verdade não tem cura
Mas o placebo é tão doce, você se acostuma
A viver desse jeito sempre tão inseguro
Rezando pra que amanhã não seja tão igual
Mas é uma maldição essa esperança que você sempre me dá
Dizendo: "Hoje não, quem sabe amanhã você possa me ligar...
Pra dizer qualquer coisa, é que a tua voz me acalma"
E assim abaixa a minha guarda
Sim, você depõe minhas armas...
Mas eu não me rendo e você desconversa
E me atrasa, me adia e me esquece outra vez
Acho que já passou da hora de juntar meus pedaços
E abrir bem meus olhos pra poder ver
A indiferença do céu com que o observa
Suas luzes tão longe não dizem nada...
E achei o meu conforto nas frases de um amigo
Um homem tão confiante, tão cheio de si
Que achou sua confiança quando descobriu que
Tudo na verdade tem o mesmo fim
E então refez sua vida e apostou todas as suas fichas na incerteza do amanhã
E eu sei que não é tão fácil fazer essas escolhas, por isso eu prefiro acreditar
Que o tempo conserta tudo e nos leva pra frente como naquelas histórias
Que têm sempre um final feliz.