Delírios sob a noite sem cor
Pedro nascentePor mais que eu procure não encontro nada que eu queira ver
A janela me encara misteriosa e nua
Por favor, não me pergunte onde estou
Me perdi quando a minha nave pousou
Ah, tudo o que eu queria era tv por assinatura
Não quero mais
Penso em tudo que ainda poderia ser feito
De pensar morreu um burro, quem sabe isso não seja perfeito
Ter a mente vazia por só um segundo
Eu não pretendo que isso aconteça
Abandonar-me para a demência
E simplesmente naufragar dentro do meu próprio mundo
Sem volta atrás
Ando em círculos dentro do meu próprio quadrado
O homem- de-neve diz que eu devo manter ele trancado
Mas o que há lá fora? Indecisão!
Escravos da mesma falácia
Presos por uma algema d’água
Perdendo a cabeça pois agora é ilegal dizer “não”
O tempo faz
Foi uma quarta-feira que eu nunca mais vou esquecer
Direto da nuvem veio um homem fantasiado de et
Ele disse palavras sobre o infinito
Ele usava uma túnica branca
Ainda hoje o seu sorriso me espanta
Mas tudo o que ele disse foi de alguma forma distorcido
Perdeu-se a paz
Perdeu-se a paz
Sem volta atrás
O tempo faz
Não quero mais