Debulhando pinha
Pedro valderasSe fala do tempo e do amor antigo
Debulhando pinha se debulha a alma
Nas frias noites calmas de viver contigo
Em tempos de antanho que a história registra
Me embrenhei nos ermos desses matagais
Dos campos serranos de pastagens ralas
Do azul das gralhas... e verdes pinheirais
Na lida da pinha conheci Maria
Cresceram meus filhos, lidando também
Enterrei sementes nas curvas do pastos
Onde os verdes rastros se encontram com o além
Colhi pinhas verdes tais como a esperança
Tempos de bonança e de querer bem
Hoje volto triste, trotando lembranças
Debulhando pinha pra colher pinhão
Na beira de estrada, trilha dos tropeiros
Antigos romeiros, marca desse chão
Pertenço a essa gente de origens várias
Sob araucárias plantei meu coração
Que voe minha alma e encontre noutro mundo
Um solo fecundo pra plantar pinhão
Na lida da pinha conheci Maria
Cresceram meus filhos lidando também
Enterrei sementes nas curvas do pastos
Onde os verdes rastros se encontram com o além
Colhi pinhas verdes tais como a esperança
Tempos de bonança e de querer bem