O menino
Pélico
O menino fugiu, se perdeu nessas ruas que sabia de cor
As palavras ardiam, soavam mais duras do que seu pai lhe ensinou
As palavras ardiam, soavam mais duras do que seu pai lhe ensinou
Adiante sujou suas mãos, mas o senhor lhe perdoou
Afinal, a inocência é um pequeno barco que nunca mais volta pro cais
E mais tarde foi parar entre as pernas de um amor casual
E entendeu que a paixão são fragmentos de amores num velho colchão
E um dia…
Conheceu bons amigos leais que o ensinaram a mentir
E da mentira aprendeu, que só se rouba uma história se for pra cantar
E chorou com as belas canções de anônimos, poetas de bar
E sorriu sem saber onde nascem os dias que ainda estão por vir
E por fim, concluiu: não se atravessa uma vida sem magoar alguém
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